Um dos dados mais significativos desta época foi a expansão da civilização europeia, deixando marcas da cultura ocidental por todo o Mundo, e a ascensão dos Estados Unidos a grande potência mundial. Foi um século marcado por imensos contrastes. De um lado, uma sociedade em crescente progresso económico, científico e tecnológico, uma civilização essencialmente urbana e massificada, e do outro, continentes e países cada vez mais pobres, autênticos palcos de fome, guerra e miséria, totalmente dependentes economicamente do mundo ocidental. Todavia, o crescente progresso não deixou de criar tensões políticas, rivalidades ideológicas e um clima de grande instabilidade entre potências, o que conduziria a conflitos de dimensão mundial.
O acontecimento mais significativo do início do século foi a I Guerra Mundial de
Derrotada, a Alemanha foi obrigada a assinar o “Tratado de Versalhes” (28 de Junho de 1919) que lhe impôs indemnizações, restrições militares e cedências territoriais. Por outro lado, os Estados Unidos, que contribuíram para a vitória final dos aliados ingleses e franceses, despontaram como uma das mais poderosas potências mundiais. Conseguiram uma posição hegemónica no Mundo, que outrora pertencera à Europa.
Tal progresso no pós-guerra, fez-se sentir na ascensão da classe média, no aumento do consumo e num clima de bem-estar que se estendeu a toda a sociedade americana: as mulheres conquistam um estatuto de maior independência, a moda desempenha o papel de libertação e afirmação social, a indústria cinematográfica cria os primeiros mitos e heróis, os electrodomésticos facilitaram as tarefas rotineiras, o telefone traduziu-se num dos inventos mais revolucionários; o automóvel passou a ser o símbolo da civilização moderna, o avião encurtou distâncias, os media constituíram um poder autónomo na sociedade e a música criou novos ritmos, sons e expressões. Assim se caracterizava o novo estilo de vida “American Way of Life”.
Porém, outros factores condicionaram a evolução dos acontecimentos na Europa.
Em 25 de Outubro de 1917 (calendário russo), deu-se a Revolução Bolchevique (comunista), seguida da criação da URSS, em
Deste modo, deu-se, portanto, a chamada Grande Depressão (ou Crise de 1929). Consistiu numa depressão económica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão económica do século XX. Este período de depressão causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto (PIB) de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de acções, e em praticamente todo o medidor de actividade económica, tudo isto a nível mundial.
Instalava-se um novo clima de instabilidade política e social na Europa, pois, depressa a humilhação imposta à Alemanha (Tratado de Versalhes) fez emergir uma “vontade nacional” que culminou na fundação do Partido Nacional Socialista, em 1919 (doutrina Nazi de Hitler); na Itália, a criação do Partido Nacional Fascista, em 1921 (Mussolini). Para além de uma Europa economicamente debilitada, a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) também contribuiu para a II Guerra Mundial (1939-1945). Esta consistiu num conflito bélico deflagrado após um fracasso do golpe de estado de um sector do exército contra o governo legal e democrático da Segunda República Espanhola. Teve início após um pronunciamento dos militares rebeldes, entre 17 e 18 de Julho de 1936, e terminou a 1 de Abril de 1939, com a vitória dos rebeldes e a instauração de um regime ditatorial de carácter fascista, liderado pelo general Francisco Franco.
Este conflito (II Grande Guerra), opôs a Potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) aos Aliados (França, Grã-Bretenha, EUA e União Soviética). No célebre “Dia D” (6 de Junho de 1944) os Aliados desembarcaram na Normandia e cercaram o exército Alemão. Hitler suicidou-se, mas a guerra só terminou com o lançamento das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki (6 e 9 de Agosto de 1945), pois o Japão não se quisera render.
Uma das maiores consequências do conflito foi a perda da influência política, económica e cultural da Europa para os Estados Unidos (que disputava agora a hegemonia internacional com a União Soviética na designada Guerra Fria) e a divisão da Alemanha e da sua capital nos blocos de Leste e Ocidental, que levou à construção do Muro de Berlim (13 de Agosto de 1961).
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